Quem?

Seu maior medo: a solidão absoluta. Apesar de sentir que a solidão vivia consigo. Todos que a "conheciam" de alguma forma ou outra se afastavam. Desejava ir mais longe, conhecer a independência e com ela alguém que fizesse sua fobia ir tão longe quanto gostaria. Qualquer que pudesse ser a figura materna e paterna que não lhe era permitido, um amigo que estivesse ao seu lado e um amor que ainda não teve.
Aprendeu a viver em silêncio pleno com seus sentimentos mais gritantes. Sorria, mas ninguém sabia o que existia por trás daquele sorriso. Escondia-se de si mesma. Desprezava o egoísmo humano, embora sua hipocrisia. Impunha sobre seu eu os ditos da sociedade. Usufruía de sua pseudo-liberdade quando lhe era consentido. Autorizava fantasiar a realidade, mas obrigava a ter consciência que a realidade não pode ser fantasiada. Doava-se, mas não sabia o que era amar ao menos odiar.
Seria rica, solidária ou criativa? Não conhecia o poder da fé, não tinha certeza disso. Duvidas, inseguranças e pessimismo. Sabia que não era a pior, mas longe de ser a melhor.
Apesar de tudo, vivia. Ora com medo, ora venturando. Para Todos talvez (mais) um número, mas para ela sua eterna contradição de ser sua mais profunda conhecedora e Todos.


" Raindrops fall as an old man cries,
Never thought to ever think twice

Of all she had and of all he lost
A selfish life I guess comes with the ghost

(...)

Pickett fence, the windows stains
Freedom spells by a man in chains.

Silence is all we have to give and
The memories of a life i wished we lived."

(Walking away@lifehouse)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Entre o sentimentalismo e a necessidade