Entre o sentimentalismo e a necessidade

"O vento fazendo cócegas nas folhas das árvores, a voz de Brian Molko ecoando no quarto e um sábado a noite é o casamento perfeito para te fazer sentir a pessoa mais insignificante da face da Terra.
o meu descaso com sentimentos me prega peças, minha maldita imperfeição me leva á loucura e toda minha fortaleza então, desaba. Não sou Clarice, Jorge ou Manoel, porém por alguns minutos esqueço quem sou, encosto minhas pálpebras e rabisco. No chão gelado e com a gramática sendo assassinada nos detalhes (ah! pequenos e malditos detalhes), desenho em forma de palavras o que minha fiel companheira deseja, ela claro, a razão. Dançando um belo tango com a emoção, e assim como no sentido da dança, prevalecendo um no fim.
Observando as roupas jogadas ao chão em um acesso de fúria de meu humor. Humor esse que as cordas vocais de Brian faz mesclar e por instantes inigualáveis me torno todas as tantas que posso ser em uma só.
O prazer de estar acompanhada de mim, me faz desprezo de tudo que há lá fora, e minha pseudo-auto-suficiência vangloria-se.
O desfecho de tudo não poderia ser diferente, meu corpo dolorido contra o piso então se cansa e deseja encontrar em um tapete qualquer e adormecer até o raiar do sol. Com o vento fazendo cócegas nas folhas das árvores, a voz de Brian Molko ecoando no quarto e um sábado à noite..."

Se não me engano escrevi isso há duas semanas atrás. Ando sem tempo pra cuidar disso, e nessa altura do campeonato não quero ter tempo mesmo!